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PREPARO PARA CELEBRAÇÕES, por Ageu Heringer

Artigos e Notícias

O barro e a cultura
De “substância ainda informe” Sl.139.16 – até o tempo do nosso nascimento, sofremos seguidas trans-formações. Nossa mãe-útero obedeceu tanto a um impulso biológico inconsciente que a predispôs a um encontro sexual com um parceiro masculino quanto seguiu certas orientações da cultura sobre quem pode ser o parceiro.  Nascemos incompletos e necessitamos de anos de cuidados dos pais para atingirmos uma relativa autonomia e capacidade de sobrevivência, se temos o privilégio de um corpo sadio com sua funções perfeitas. Outros, como os portadores de deficiências físico-sensoriais-mentais, necessitarão de outro tempo, ajuda e esforço para se adaptarem ao meio físico e social.
Ninguém, ninguém mesmo poderá sobreviver toda uma existência solitariamente como o “menino-lobo” Um personagem como Robinson Crusoé  ou uma personalidade como Amyr Klink conseguem a façanha de sobreviverem a longos períodos de isolamento por estarem equipados cerebralmente pela cultura. Somos humanizados justamente na medida em que somos aculturados. Sem um mínimo de aculturação nos encontraríamos tão somente com nossa rica animalidade. Em  nossos grupamentos somos estimulados, podados, devidamente castrados, instruídos, e equipados ao internalizarmos “como são as coisas” e assumimos papéis diferenciados ao longo de nossas vidas. Desta forma até mesmo nossa sexualidade e espiritualidade tem muito de construção social.

Espanto, suspiro e desejo! O surgimento do sentimento religioso e comunitário

De todas  épocas e culturas temos registros da surpresa, deslumbramento e êxtase dos humanos diante do belo e magnífico amanhecer ou pôr-do-sol e outros fenômenos naturais. Somos vivamente impressionados pelo canto de pássaros, pelos trovões e a portentosa montanha. Sofremos ansiedade, terror e paralisia diante os inúmeros  mistérios, problemas e desafios que cercam a existência pessoal e grupal. Reagimos a tudo isto  com uma imensa diversidade de  padrões de respostas exemplificadas por celebrações tais como gritos, êxtases, danças, cantos e lamentos. Aos poucos comportamentos mais complexos vão surgindo como resposta à ansiedade e ao temor. A intuição do sagrado se desenvolve. Surgem os mitos, os rituais e as narrativas que facilitam o contato com o mistério. As religiões estruturam suas crenças e mensagens com sacrifícios humanos e animais, construção de altares, templos, estátuas totêmicas.  Marcações e festividades frutos da elaboração da  psiquê coletiva.

O útero cultural
Muito antes do desenvolvimento da escrita cada grupo cunhou dentro de seus limites físicos e horizontes culturais, marcas de sua auto-compreensão acerca dos fenômenos que regulam ou  interferem na vida. Ricas mensagens fruto das trocas de experiências sofridas ou desfrutadas, e transmitida às gerações futuras. Isto é cultura, uma “teia de significados densos”  onde cada acontecimento e aspecto da vida encontra sentido e justificação.

 

Desta forma os homens e mulheres aprendem a domar o próprio medo e navegar em meio ao desconhecido. E tudo o mais como enfrentar a destruição causada por um vendaval ou terremoto, como sobreviver à seca ou à inundação, como conseguir boas colheitas e vitória em guerras. Aprende-se a unir um homem e mulher para a coabitação e renovação do grupo, a tratar dos feridos e doentes, a expulsar os espíritos malignos, como também a plantar, cozinhar, a enterrar os mortos. Este saber é progressivamente sistematizado e cristalizado. Surgem os métodos de iniciação, as marcas e esculturas, artefatos sagrados, templos, as escolas. As explicações míticas antecipam o futuro trabalho dos teólogos, filósofos, e cientistas.
A Bíblia testemunha  práticas religiosas de outras comunidades vizinhas a Israel e traz a revelação de uma novidade nesta área. Deus não está indiferente mas se envolve com sua criação. Não é uma divindade para infundir medo; antes quer nossa intimidade e oferece-nos sua companhia amorosa. No aspecto religioso constatamos uma evolução do culto e da compreensão sobre a ação de Deus na história pois “muitas vezes e de modos diversos falou Deus aos Pais pelos Profetas; agora nestes dias que são os últimos, falou-nos por meio do  Filho” Heb.1:1   Por toda a Bíblia encontraremos instruções, decretos e ordenanças divinas para a vida, condição para que tenhamos longa vida, em paz e prosperidade (Shalon).
O sagrado e o secular: sentidos excludentes?
O efeito paradoxal da Grande revolução cultural proletária desencadeada por Mao Tsé Tung em 1966 na China e que pretendia erradicar toda forma de “superstição e religiosidade” foi a substituição de cultos tradicionais por uma forma radical de religiosidade secular ou ateísmo religioso. Ele mesmo, MaoTsé Tung foi cultuado, como antigos césares, faraós, Nabucodonozor, Stalin, Hitler, Kin Il Sung, Saddan Hussein e longa lista de megalomaníacos. Rejeitado o Deus verdadeiro, aparece o ídolo. Negado o simbólico, irrompe o diabólico! Reprimido o religioso, todo o secular se converte em religião fundamentalista.
Caminhemos dos primitivos rituais cósmicos referenciados nos ciclos da natureza, na passagem das estações, plantio e colheita aos ritos secularizados de nosso tempo. Eleições, vestibulares, formaturas, copas, olimpíadas, feiras, exposições, comícios, marchas, etc. Não são da esfera  religiosa e sim política, social. Mas todas elas guardam uma auréola mítica, evocando nas pessoas um respeito pelas dimensões transpessoais da vida. Nossas atividades profissionais seguem uma certa ordenação – know how e para serem eficientes não precisam serem atreladas ao religioso. Nem tampouco desconhecer a natureza religiosa humana, até por questão de respeito ético. A medicina tão científica de nossos dias descobre que a relação terapêutica médico-paciente se torna mais humana quando se considera a dimensão religiosa do paciente. O ser médico e o ser paciente não é apenas questão técnica e contratual. Mobiliza forças emocionais e significados espirituais. O médico mesmo sem saber ou querer é um agente divino, objeto de projeções pelos pacientes.
Temos visto que as ações humanas em todas as sociedades carregam algum significado religioso. A experiência religiosa  é um meio de buscar ligação com Aquele poder ou Aqueles seres espirituais que porventura estejam Mais Além, nas origens e no comando das forças da natureza. Podemos entender  isto como o gemido e suspiro da criatura de que nos fala o apóstolo Paulo, a expectativa dos  que sem saber Desejam o encontro com o Absoluto, que estão disponíveis para a salvação.
Assim somos apoiados por estruturas significantes, meios de passagem do absurdo para o Sentido. Assim construímos nossas relações entre as pessoas, entre as diferentes gerações de pessoas, entre os humanos e os animais e vegetais e com o vasto céu. Temos sede por significados e transcendência. Aspiramos a eternidade.

Provisões bíblicas para nossa necessidade simbólica
Ele te humilhou e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná…para te dar a conhecer que nem só de pão viverá o homem mas de toda Palavra que procede da boca de Deus. Dt. 8-3; Mt.4-4

Arrisco-me a comentar que só existimos em profundidade se nos alimentamos com símbolos. Quando não encontramos significado no que fazemos, ou quando a própria vida é sentida como vazia de significado, sabemos o quanto isto é angustiante e opressivo. De nada adiantam os bens, as posições, o que os outros pensam, o aparentemente normal das circunstâncias!

 

Nada vale se o coração está murcho, seco, se não temos sonhos. Pobre daquele que se ilude com a insubstância do dinheiro, status, sucesso, valores mundanos, símbolos perversos e opressivos como as pirâmides do Egito!
As Escrituras nos apresentam uma novidade radical com relação as respostas humanas no campo simbólico! Deus mesmo, que pela sua Palavra criou e sustenta o universo, vem até nós, em carne e osso, pelo seu Filho, o Verbo da vida, Palavra encarnada Jo.1.1-14.
Jesus desperta-nos a ir além do pão concreto quando fala de si mesmo como o pão do céu Jo.6-26-27-35, superior ao maná. Quando pede água à samaritana Jo.4.7,13-14 ; 7.37-38 e entrega-nos a água viva, que nos dessedenta continuamente. Da água líquida passa a anunciar o jorrar do Espírito Santo em nosso interior.

Aproxima-se mais um Natal  e hoje é Santa Ceia. Oportunidade para transformação da água em vinho, ocasião de pensarmos na oportunidade de uma virada  significativa em nossas vidas. De termos comunhão com o texto das Escrituras e ressignificarmos apropriadamente o que fazemos nestas ocasiões. Que possamos desenvolver uma atitude consciente e construtiva para nós, nossas famílias e conhecidos. Um primeiro ponto é reconhecermos que tudo o que é humano carrega uma ambigüidade. Assim o conhecimento, a técnica, os artefatos, as cerimônias trazem consigo o bem e o mal.

 

Jesus sofreu com os fariseus que casuisticamente cobravam obediência a 650 mitzuot ou regras que seriam para garantir completa obediência aos mandamentos de Deus e acabaram por complicar. Paulo nos adverte para não transformar o que é “para vida em morte” se referindo aos que se distanciam do espírito das leis de Deus. Cristo vem nos libertar das manias religiosas, de obrigações e interdições legalistas, vem nos livrar de toda compulsão e medo, vem nos possibilitar o gozo da vida conosco mesmo e com nossos semelhantes. Apresenta-nos o rosto humano, paterno e materno de Deus, cheio de graça e ternura. Segui-Lo requer disciplina espiritual mas em seu convite nos assegura: “Meu jugo é suave, meu fardo é leve”.

Natal –  natalis solis invicti
Esta data festiva teve início no ano 354 época em que o cristianismo, outrora perseguido e minoritário, chegara inclusive aos palácios. Expandiu-se a parbíblica. É uma boa construção construída pela Igreja  celebrando Cristo “o Sol nascente das Alturas” Ml.4.3 ; Lc.1.78 como o autêntico “Sol invencível. Com esta ressignificação  das antigas celebrações pagãs em homenagem ao deus Sol ”  aconteceu uma tradução simbólica. Assim Jesus passou a ser celebrado. A data foi propositadamente escolhida pelo simbolismo que encerra e revela.

 

Na verdade a data exata do nascimento de Jesus é desconhecida. Mais provavelmente teria sido uns três meses após  o “natal”  entre março e abril, e com um recuo  de 5 a 6 anos no calendário.  Houve erro na contagem feita séculos depois. O que importa é o fato celebrado!
Diz as Escrituras “tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do Rei Herodes …” No comentário da Bíblia de Genebra temos “de acordo com a maneira de datar do calendário Gregoriano, sabe-se que Herodes, o Grande, morreu em 4 A.C. Portanto Jesus realmente nasceu no ano 5 ou 6 A.C., época de Quirino  governador da Síria”.

Natal contemporâneo em família
Preparando-nos para mais um Natal, que tal acertarmos desta vez? No sentido do autêntico espírito de ágape? Perguntemo-nos hoje mesmo quais os benefícios que tivemos em estar junto com os familiares nos últimos natais. Como foram organizadas as coisas, a escolha do local , a participação de cada um, a marcação do tempo. A televisão continuará ligada o tempo todo no Faustão ou no Gugu?

Queremos de fato celebrar sofrendo um pagode ou rock pauleira enquanto uma cunhada bêbada bota fora palavrões e machos decidem qual é o melhor time de futebol? Será mesmo que temos de seguir o script – roteiro – de uma reunião, almoço, jantar, festa decidido por pessoas sem nenhuma compreensão respeitosa acerca de Jesus?  Nossas crianças e adultos continuarão mais fascinados  pelos doces e presentes, pelo lado folclórico dos festejos e nem se darão conta que o motivo do encontro é Jesus?
Ou poderemos reencontrar parentes e abraçá-los, beijaremos e pediremos “Benção, pai; benção, mãe; benção vô, vó, tio, tias” e com alegria abençoaremos a outros? Daremos tempo para brincar com as crianças, cantaremos músicas de outros tempos, prepararemos junto as refeições e a mesa e daremos um viva a Jesus e até trocaremos presentes e lembranças?
Talvez o melhor seja descobrir bem antes pessoas de nossa comunidade que estão sozinhas, ou aquele colega de família distante, para acolhê-los e celebrarmos em nossa própria casa. Há muitas maneiras de fazer uma boa diferença para outros e para nós mesmos. Podemos dividir o tempo e atender prioritariamente aquilo que cremos e desejamos, e ainda reservar um tempo para estar com outros familiares, pais e sogros. Uma boa dose de determinação é necessária para rompermos com automatismos e “vã tradições” como nos encoraja Paulo.

Concluindo:
1- Agora é uma boa ocasião para marido e mulher e filhos se colocarem previamente de acordo quanto ao próximo natal, fim-de-ano e férias. Hora para um balanço honesto: temos sofrido ou desfrutado nestes encontros? Deixamos as coisas acontecerem ou nos dispomos a planejar e influir?
2- Como costumamos decorar a casa? O quê é mais envolvente para crianças,  jovens e idosos: comprar enfeites ou confeccioná-los em casa? Nosso natal será Made in Manjedoura ou Shopping? Esqueçam pinheiros com ‘neve’. Vivemos no Brasil tropical, época de calor e tantas frutas e sucos! A montagem de um presépio pode ser um trabalho fascinante. Do texto bíblico para uma construção em família das cenas referentes ao ciclo natalino. Ajuda-nos a fixar a mensagem e a perpetuar o símbolo.
3- Pesquisem nas Escrituras passagens referentes ao Natal e anotem-nas. Vejam as profecias e narrativas dos evangelhos.
4- Elaborem uma programação da comemoração em sua casa: uma  liturgia singela, alegre, na intimidade, sem televisão, sem estresse. Com Jesus.
5- Em cada domingo de dezembro, numa hora tranqüila, com toda a família reunida, leiam um grupo de passagens já pesquisadas, compartilhem suas impressões,  orem,  agradeçam.
6- Elabore alguns objetivos para o encontro com os outros parentes. Entre eles, como contribuir para o fortalecimento de união familiar? Que tal um mutirão de apoio a alguém? Não está na hora de pedir perdão, perdoar e encerrar pendências com outras pessoas? O que já nos prepara também para participar da Ceia do Senhor.
Santa Ceia – até que Ele volte: saudade anúncio e expectativa
Mt. 26. 36-s   A morte para Jesus e para mim.
Um sacramento instituído por Jesus. Através desta ação ritual carregado de beleza simbólica, com o testemunho de nossos sentidos, Deus nos comunica vida espiritual, fortalece nossa fé.

Momento de solenidade especial por evocar a caminhada de Jesus desde o anúncio até a efetivação de sua morte. Nos surpreende e impacta a dinâmica psicológica e espiritual deste ritual de passagem como enfrentado por Jesus. Num primeiro tempo, sabendo que sua hora é chegada, procura preparar seus discípulos. Age demonstrando uma coragem consciente Mt.16.21-23.

Pedro chama-o à parte para repreendê-lo (quem sabe dobrando os dedos e batendo na madeira) :”Deus não o permita, Senhor! Isso jamais te acontecerá!” Jesus de imediato o repreende ‘Afasta-te de mim Satanás! Tu me serves de pedra de tropeço, porque não pensas nas coisas de Deus, mas dos homens!” Jesus insiste neste anúncio fúnebre, nesta passagem necessária, e os discípulos são tomados de tristeza Mt.17,22. Finalmente conclui detalhando que sofreria escárnios, açoites e crucifixão. Mas que no terceiro dia ressuscitaria MT 20.17-19. Recebe, em seguida, pedido de emprêgo para dois discípulos!

Num segundo momento, estando em casa de Simão, o  ex-leproso, com amigos, aceita a terna e feminina  gratidão de mulher a quem restituiu dignidade. Esta lhe derrama  perfume precioso sobre a cabeça. Os moralistas de plantão ficam arrepiados com tal cena. Jesus revela-lhes a mensagem  simbólica daquele ritual: é a unção de seu corpo, preparativo honroso para sua morte. Mt.26.13
Num terceiro momento, na páscoa com os discípulos, detalha  o processo de sua traição, confronta o traidor que o deixa a seguir. Reafirma sua posterior ressurreição e concluem a ceia.

Num quarto momento,  encontra-se com seus três mais íntimos discípulos num no Jardim do Getsêmani. Para lá se dirigiu para uma batalha íntima Pede-lhes ajuda confessando sua tristeza e angústia: “Minha alma está triste até a morte. Permanecei aqui e vigiai comigo”. Em vão. Sofreu solitariamente. Eles não lhe serviram para nada. Encontra-os dormindo, deprimidos. Dá-lhes uma bronca. Tenta acordá-los para um enfrentamento maduro da realidade. Mt.26.36-45

Todos precisamos de amigos que nos acompanhem nas horas e tempos difíceis! Queremos acompanhar alguém?
Chegam os guardas. É preso. Enfrenta o julgamento sumário com dignidade. Levado à cruz, abandonado por muitos discípulos, é confortado pelas mulheres – sempre elas. O suplício rouba-lhe as forças. Não resiste mais. Grita seu desespero: Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?

Ouço nas ruas e em muitas casas o gemido angustiado de crianças e adolescentes abandonados ou violentados pelos pais: Pai, mãe, por que me abandonaste?  Impacta-me tantos absurdos que a vida reserva para certas pessoas que sentem o abandono de Deus, que experienciam o silêncio, o vazio, a não-resposta.
Não há entendimento  lógico possível. Só mesmo a loucura da fé ou ainda da não-fé, do Desejo da alma que anela:  “Ajuda-me Senhor na minha incredulidade!”
Entrega o espírito ao Pai.

I Co.11.23s   Sacramento do corpo e sangue de Cristo. Lembrança perpétua de seu sacrifício vicariante. Celebração de nossa salvação e união com Deus, de pertencimento ao seu Corpo místico e sua realidade temporal, a igreja. Tempo de avivar nossa esperança e alegria pois o Senhor que foi morto vive para sempre. Sinal e selo de um relacionamento pactual com Deus.

Cristo crucificado entre dois malfeitores (qualquer um de nós) com consciências e atitudes bem distintas. Um, desafiador, gritava-lhe: “Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”  Outro, reconhecendo-se culpado, pede-Lhe “lembra-te de mm, quando vieres com teu reino”. Ao que Jesus responde: “Em verdade, eu te digo, hoje estarás comigo no Paraíso”. Lc. 23.39-43
Jesus entre dois homens com disposições opostas, pendurado na cruz. Braços fixos na haste horizontal como que abraçando a todos. Colocado entre a humanidade. Centro e superação de todos as contradições.

Seus pés apontam para a terra, seus dedos como raízes testemunhas de sua terreneidade – terra humus, humanidade, humildade, terra, adama, Adão. Jesus o Filho do Homem.  Sua cabeça aponta para o céu, de onde procede e para onde retorna. Liga a humanidade a Deus, o céu com a terra. Jesus,… filho de José…filho de Adão, filho de Deus – Lc.1.23 e 38.

Aleluia, Aleluia, Aleluia, Glória ao Senhor Jesus, que foi morto, que vive e que voltará!
Palavra dirigida à Igreja Metodista Livre da  Saúde, São Paulo, 03/novembro de 2002.

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Ageu Heringer Lisboa
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