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O CPPC ONTEM E HOJE, por Ageu Henriger Lisboa

Artigos e Notícias

Apresentando Primórdios 
O contexto da época – inícios dos anos 70, era altamente politizado, auge da guerra-fria, com predomínio do pensamento das esquerdas em todas universidades. Espírito racionalista, marxismo hegemônico, especialmente nas Ciências Humanas. Qualquer religiosidade era vista como subdesenvolvimento intelectual, anti-científica e retrógrada. Apresentar-se nesta época como sendo cristão, na universidade, era algo exótico e arriscava-se ao desprezo, tanto quanto hoje um universitário confessar-se virgem e sustentar o valor do casamento. Na psicologia era o tempo do behaviorismo de um lado, psicanálise do outro, ambas fazendo fogo sobre todos. Com o tempo os marxistas em sua maioria migraram para a psicanálise, que deixou de ser ” burguesa”; outros caminharam com os estruturalistas.

Idéia do CPPC
Aconteceu a partir de benéficas inquietações espirituais e desafios intelectuais em algumas pessoas. Uriel, Heckert, desde Juiz de Fora, MG, quando ainda na Faculdade de Medicina, antes de 1970. Ageu Heringer Lisboa em Belo Horizonte, a partir dos anos de estudante, início dos anos 70 e toda uma primeira geração do CPPC: Francisco Lotufo Neto- depois psiquiatra, Zenon Lotufo Jr., pastor e analista transacional, São Paulo; Margareth Brepohl e Carlos Grzybowski – Catito- estudante de psicologia, Curitiba; Almir Linhares de Faria, psicólogo, Belo Horizonte; Ronald Scott Bruno, psiquiatra; Terezinha Privatti e Glaucia Medeiros – psicólogas, Rio e Janeiro; e logo Esly Regina de Carvalho, psicóloga, em Brasília; Benedito Guilherme Falcão em Alagoas; Karin H. Kepler Wondracek, de Porto Alegre; Werner Haeuser – pastor, Curitiba e Gramado, RS.
Um marco histórico se deu quando do Congresso Missionário da ABU em Curitiba, janeiro de 1976, que lançou as bases do que seria o CPPC. Decidiu-se por um Congresso no ano seguinte em Belo Horizonte. No período preparatório difundiu-se a idéia do CPPC em algumas publicações como o Diário do Comércio, no Recife, em artigo do Prof. Robinson Cavalcanti; em jornais de igrejas e principalmente pelas trocas de correspondência entre amigos que indicavam outros profissionais e estudantes da área PSI. Com o sonho e projeto se corporificando, de um lado com direção compartilhado entre o Uriel em Juiz de Fora, o Lotufo Neto e Zenon em São Paulo, a secretaria do Congresso ficou a cargo de um grupo em Belo Horizonte. E veio o Primeiro Congresso em 1977, no retiro dos Pinheiros, na saída de Belo Horizonte para Ouro Preto, MG. Placas de sinalização do local do Encontro CPPC para os participantes chamaram atenção da Polícia Federal que fez um acompanhamento à distância e dias após procurou-nos em casa para esclarecimentos. Fiquei assustado mas meu pai participou da conversa com os agentes, me tranqüilizando. Queriam que fornecêssemos uma lista com os nomes dos participantes. Recusamos esta solicitação mas entregamos textos da convocação e o programa desenvolvido. Neste tempo esboçava-se a abertura política no país.

A partir deste Primeiro Congresso, estabelecidos como em rede (na época este termo não era utilizado) inicamos um período de trocas. O Lotufo Neto descobria autores como E. Mansel Pattison, Prof. de Psiquiatria em Oregon. Colegas como a Heloisa Helena Silva e Paulo Emanuel Doro, traduziam textos. Era um tempo de sonhos, parcos recursos, textos impressos em stencil. O grupo reunia poucos estudantes e jovens recém-formados. Através da rede de núcleos da ABU Latinoamericana que dispunha de literatura progressista na época, como a revista Certeza, descobrimos uma série de autores cristãos que abordavam as questões que justamente buscávamos. Assim passamos a ler o psiquiatra John White, canadense, Paul Tournier e Hans Bürki, suíços, Daniel Schipani, Carlos José Hernández, os médicos Zandrinos, argentinos e o Dr. Jorge Léon, cubano-argentino. No campo dos escritos teológicos que nos capacitavam a olhar criativamente a ciência como reflexo do mandato cultural de Deus estavam Samuel Escobar, peruano; Renê Padilha, equatoriano; John Stott, inglês.

Apoiadores teológicos
Prof. Karl Lachler na Fac. Teol. Batista de São Paulo, alma sensível, ouvia-nos com real interesse e nos indagava sobre nossos campos, ouvia nossas inquietações intelectuais e espirituais. Com sua amizade e pastoreio mostrou-nos belas conexões produtivas entre ensinos bíblicos e nossa vida profissional e abriu-nos campos de discussão na Fac. Teológica Batista de São Paulo onde era professor.
Hans Bürki – IFES/ABU – Com sua vasta formação acadêmica e profundidade teológica, atuou como diretor espiritual de uma geração de pioneiros, juntamente com sua esposa, psiquiatra e terapeuta de famílias, Ago Bürki.

Em Belo Horizonte, Noé Stanley, André e Joana Buxton, assessores da ABU e o Pr. pedagogo Jairo Gonçalves foram bons interlocutores que animavam o início do empreendimento CPPC.
O Dr. Francisco Lotufo Neto juntamente com Margareth Brepohl articularam as várias vindas ao Brasil do Bürki -Ago, da Suíça; Dr. Frank Lake, Inglaterra, ocasiões que aconteciam seminários em Faculdades Teológicas -Batista e Presbiteriana, vivências, supervisões para profissionais e conferências públicas, em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba. Com o Dr. Frank Lake foi realizado em janeiro de 1978 o Curso de Aconselhamento Pastoral na Fac. Teol. Batista, com grande afluência de pastores e líderes. O Prof. Almir Linhares de Faria saiu de Belo Horizonte e se fixou em Piracicaba, na Unimep. Viajando pela Argentina conheceu pessoalmente o Dr. Carlos José Hernández e o convidou para estar entre nós. Desde então o Hernández desenvolveu uma vinculação profunda com toda a família do CPPC. Temos o prazer de contar com sua presença na maioria de nossos Congressos e seminários. Exerce um papel de pai espiritual do grupo. Outra grande descoberta nos foi trazida pela colega Esly que conheceu o Dr. Harold J.Ellens, de Chicago, Estados Unidos. Visitou-nos por três ocasiões, ensinando sobre a Graça de Deus e a Saúde Humana e também Psicoteologia aspectos Básicos, que se tornaram duas de nossas publicações, antes mesmo de serem editadas em seu país. Percorreu várias capitais, incluindo o nordeste. Sucedendo duas colegas Fátima Fontes, de Recife articulava alguns trabalhos na região. Em São Paulo, Ellens foi interpretado pelo colega Rev. José Cássio Martins, que assim fez sua entrada no CPPC. O Dr. Ellens ainda corresponde conosco através dos colegas Cassio e Zenon. Ambos, Cássio e Zenon, por sua formação teológica, sempre contribuíram para forjar a identidade do CPPC presentes em oficinas, palestras e textos.
Os conferencistas e dirigentes de seminários em nossos congressos, cada um deles, nos enriqueceram com suas contribuições bem particulares. Fazem parte desta rica galeria o Pr. Ricardo Barbosa, de Brasília e o Pr. Osmar Ludovico da Silva desde o Rio de Janeiro e agora em Curitiba, ambos mestres de espiritualidade cristã; Dra. Maria Clara Bingemer, teóloga católica da PUC, RJ, palestrante em encontros do CPPC no Rio e em São Paulo. O Dr. Pedro Iwashita, reitor do Seminário de Espírito Santo, em São Paulo, SP em suas exposições no grupo articulou o encontro da psicologia analítica com a teologia cristã.
Devemos nossa gratidão ainda a vários pastores e teólogos colaboradores que nos legaram suas contribuições mas, infelizmente, no momento não consigo rememorar outros nomes.

A aposta dos fundadores 
O nome CPPC já indica uma confluência e um tipo de convivência entre profissionais e estudiosos das profissões de saúde mental que se identificam como seguidores de Jesus Cristo. Nossa logomarca é uma associação simbólica da psicologia, com a letra Y (psi), relacionada com Cristo, em sua cruz, de braços abertos, formando uma pessoa.
Apresentamos um consenso fundador: uma profunda convicção da relevância das Escrituras, Antigo e Novo Testamento para a compreensão e manejo das questões da existência humana – campo da psicologia, psiquiatria e ciências do comportamento. E também referência ética a nortear atividades de pesquisa, clínica e ensino. Em nossos documentos iniciais já temos registrado esta nossa valorização do saber teológico nascido da Bíblia como indispensável para uma compreensão abrangente do fenômeno humano, e nosso tranqüilo reconhecimento do lugar das ciências no plano de Deus para a história humana. Nos posicio-namos assim contra atitudes que revelam um desconhecimento, subestimação ou negação de um saber por outro.
Destacamos nesta questão que há grandes distâncias no interior de cada campo, entre as distintas teologias e as distintas construções teóricas em psicologia no entendimento e processamento da relação psicologia-religião. Descobre-se muito especialmente nesta tensão o quanto todo saber, toda ciência e toda teologia é construção histórica e social, necessariamente parcial, limitada na sua capacidade de abarcar um todo que é, igualmente, evolutivo. Um grande papel desempenha neste campo de estudos a personalidade e a história de cada autor, teólogo ou psicólogo, com sua subjetividade. De ambos os lados encontramos autores contaminados por preconceitos grosseiros – os conceitos prévios não esclarecidos – causadores de falsos problemas. No campo religioso alguns até pensam que a humanidade do crente seja marcada por uma diferença substancial, que afetaria seu funcionamento psíquico. Felizmente a época das inquisições e exclusões tendem a diminuir entre vastos setores dos dois campos permitindo uma relação mutuamente fecundante. A grande freqüência de psicólogos hoje nos cursos de Pós-graduação em Ciências da Religião e de pastores cursando psicologia mostra uma confluência de interesses realmente plural e uma saudável distensão de mentes.

Interface acadêmica
As repercussões que desencadeamos pelo fato de ousarmos existir jamais conheceremos satisfatoriamente. Um grupo de profissionais que assume uma confessionalidade religiosa e que dirige seu olhar para o campo científico e acadêmico de um lado e para o campo religioso e teológico do outro corre sérios riscos de mal entendidos. Atrairá olhares tortos de profissionais céticos, mas também suspeitas de religiosos, sejam de fundamentalistas ou liberais. É uma corda-bamba que exige muita perícia para a travessia. É o que temos buscado desde sempre.
Desde seu início o CPPC se tornou um referencial para estudantes de psicologia e psiquiatria procedentes do campo evangélico e também do católico. Um de nossos colaboradores iniciais em Belo Horizonte apresentado por nosso colega pastor e psicólogo Márcio Moreira, foi o Prof. Haley Alves Bessa, líder leigo católico, fundador tanto da Faculdade de Psicologia da U.F.M.G. quanto da PUC – MG. Foi um bem conceituado psiquiatra e psicólogo, primeiro presidente do Conselho Federal de Psicologia. Em seus últimos anos de vida concluiu o curso de teologia na PUC-Minas. Interagia bastante com outro diretor da Faculdade de Psicologia da UFMG, o Prof. Antônio Quinan, nosso companheiro de CPPC e um dos conferencistas de nosso Congresso sobre Família em Campinas, SP. O CPPC-BHorizonte abriu-se a várias colaborações como a Dra. Riva Satovski Schwartzmann, judia, inicialmente psicóloga existencial, depois psicanalista, que também nos trouxe uma inesquecível exposição a partir da análise existencial.
Em janeiro de 1978 foi realizado o curso Trauma de Nascimento: etiologia, seqüelas e psicoterapia ministrado pelo Dr. Frank Lake, da Universidade de Londres, na PUC- São Paulo. Dos mais de 120 participantes, apenas 30 eram profissionais identificados com alguma igreja evangélica.
Outro grande momento que marcou a confluência de objetivos do CPPC e centros universitários se deu com o I Congresso Humanístico Existencial-Logoterapia, presidido pela colega Izar Xausa (que publicou a primeira obra em português sobre Logoterapia) e entidades argentinas de psicologia. Este Congresso realizado na PUC de Porto Alegre contou com a presença do Dr. Viktor Frankl, o próprio criador da Logoterapia, que pela primeira vez veio ao Brasil. Assim introduziu-se a Logoterapia no Brasil e no momento diversas sociedades de formação e cursos de pós-graduação são encontrados.

No campo editorial publicamos pequenos cadernos de textos e livros mais voltados para o público habituado a leitura bíblica e teológica; Psicologia e Saúde Pastoral e Saúde Pastoral e comunitária – vários colaboradores; Espiritismo, Psicopatologia e Psicoterapia do psiquiatra Ronald Scott Bruno. Posteriormente numa direção híbrida, os dois títulos do Dr. Harold Ellens e temas de suas preleções no Brasil: Graça de Deus e saúde humana e Psicoteologia: aspectos básicos, pela Editora Sinodal. Outro salto na direção do mundo acadêmico foi o valioso livro O lugar do Sagrado na terapia, do Carlos Hernández.
Nos últimos anos, com a presidência sendo exercida pelo professor de psiquiatria Uriel Heckert, o CPPC traz outras contribuições aos círculos acadêmicos. A competente colega psicanalista Karin Wondracek traduz o volume que faltava para a edição das obras completas de Sigmund Freud em português. Assim o CPPC editou, pela editora Ultimato de Viçosa, MG, o livro Cartas Freud-Pfister 1909-1939 lançado em várias capitais, ganhando inclusive uma tocante encenação com leituras de trechos desta correspondência entre dois grandes amigos e pensadores.

Interface teológica
Junto ao campo teológico, especialmente o protestante ou evangélico, praticamos um diálogo que tem se mostrado frutificante. É que o psiquiatra e o psicólogo, como também o psicopedagogo dispondo de instrumental conceitual, de diagnóstico e de intervenção, tem muito a contribuir para a saúde emocional de pessoas, famílias e grupos em geral. Mas não é sem problemas esta presença de psicólogos/psiquiatras cristãos no meio da imensa diversidade de pastores e posturas doutrinárias. Esta mesma vocação e perícia de profissionais em lidar com o sofrimento psíquico de pessoas levanta suspeitas de invasão do campo religioso ou é visto como desintegrador de valores dogmáticos.

Independente destas suspeitas, algumas pontes tem sido construídas como nos Programas de Aconselhamento Pastoral que se utilizam amplamente de contribuições da psicologia e da medicina. Pastorais de idosos, encontros de casais, cuidados a pessoas portadoras de deficiências, sexualidade, crises do ciclo vital, perdas e luto, pastoral carcerária, cuidado de crianças e adolescentes em situação de risco, vítimas de abuso sexual e violência, e tantas outras áreas críticas para o cuidado pastoral são impensáveis hoje à parte dos recursos desenvolvidos pelas ciências. Algumas áreas nobres como preparação de seminaristas e saúde mental de pastores e missionários deixam de ser tabu e recebem a colaboração de profissionais da saúde mental.

Algumas questões são mais delicadas do ponto de vista ético e doutrinário e potencialmente explosivas se mal conduzidas; é o caso de movimentos de cura divina, cura interior, quebra de maldições hereditárias, que se popularizaram nos últimos anos em várias igrejas oriundas do setor pentecostal ou com ênfase neo-pentecostal. Um dos pontos a observarmos nestes movimentos é que são apresentados como uma psicologia divinamente inspirada e infalível. Algumas se baseiam muito mais na demonologia que na Graça de Deus. Geralmente são diretivos nos métodos e desclassificam inteiramente o conhecimento da psicologia profissional. Mas alguns dos grupos que desenvolvem estas práticas parecem buscar uma aproximação com a psicologia científica e, então, pode ser viável uma cooperação produtiva. Alguns colegas, como o Dr. Fábio Damasceno, psiquiatra fluminense, têm conseguido com rara habilidade captar as demandas subjacentes a este movimento e oferecido sua própria contribuição. É alguém oriundo do meio pentecostal, ex-dependente de drogas, hoje psiquiatra de renome e pastor. Realmente uma interface muito criativa.
Um campo de estudo que sugiro ser empreendido é como se situam distintos grupos evangélicos e católicos com relação à psicologia e a psiquiatria enquanto ciências e como profissões. Empiricamente observo que ocorre uma compreensão e convivência pacífica entre os chamados evangelicais e os psicólogos e psiquiatras. Já os conservadores aceitam medicação psiquiátrica à contragosto em crises agudas mas suspeitam e desaconselham a um membro da igreja se submeter a psicoterapia. Maior resistência vem de setores pentecostais e neo-pentecostais pois entendem que seria como abandonar o evangelho e desconsiderar a ação do Espírito Santo ou descrer do poder da fé. Um membro de igreja assim, quando se vê em necessidade ou lhe é recomendado psicoterapia ou análise sofre intensamente por conflito de lealdades. Quando acolhido por um profissional que lhe respeita a orientação religiosa recebe grande alívio e pode crescer interiormente. Comumente mantém silêncio sobre sua freqüência a um profissional por temor de censura à sua “falta de fé”.

Concluindo esta apreciação das relações entre práticas psicológicas e práticas pastorais que encontramos no quadro brasileiro, observamos tanto uma relação de ódio e rejeição da psicologia por parte de alguns setores quanto a de apaixonamento recente de pastores autodenominados psicanalistas. Sobre estes pastores que se dizem psicanalistas clínicos ou psicanalistas ortodoxos nosso Boletim de Psicoteologia publicou duas matérias críticas que antecipou em mais de três anos o posicionamento do Conselho Federal de Psicologia e do Fórum Nacional de Entidades de Psicanálise realizado no Rio de Janeiro em 2002.

Não temos a pretensão de sermos uma espécie de central única de psicólogos e psiquiatras cristãos em nosso país. Certamente, por conta de nossas próprias limitações, embora professemos um espírito inclusivo e democrático, não conseguimos a aproximação de vários irmãos-colegas aos quais respeitamos. Neste aspecto cada núcleo tem desenvolvido uma história e uma personalidade distinta. Até o momento – e espero que para sempre – não sofremos cisões por polarizações ideológicas ou hegemonia de uma determinada orientação teórica. Tem prevalecido o espírito fraterno e cumprimento do que ensina o apóstolo Paulo: “trazendo cativo a Cristo todo pensamento”. Mesmo identificando-nos cada um com uma abordagem psicológica, que refletem construções epistêmicas distintas, mantemo-nos articulados, organicamente, num corpo. Parece que temos sido levados a caminhar com um senso de prudência espiritual – e igualmente científica – de relativizarmos cada um dos distintos saberes com os quais trabalhamos por desejarmos a genuína sabedoria que vem da Palavra de Deus.

Não sabemos ao certo a extensão do nosso alcance e impacto seja no meio evangélico seja entre setores católicos e nos ambientes profissionais. É algo incomensurável. E como qualquer acontecimento contínuo, presença complexa e por operarmos no campo simbólico, político e cultural, estamos sujeitos a diferentes captações tantas quantas forem as pessoas que se encontram com o CPPC. Cabe-nos assumir uma contínua atitude de humildade perante todos e entregar-nos ao Senhor da cultura e da seara com gratidão pelo muito que nos tem dado nestes 27 anos de caminhada.

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Ageu Heringer Lisboa, abril de 2003

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