Lidando Com Perdas e Lutos em Família
Roseli M. Kühnrich de Oliveira *
“Para tudo há uma ocasião certa,
há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu,
Tempo de nascer e tempo de morrer…
Tempo de chorar e tempo de rir,
tempo de prantear e tempo de dançar…”
(Eclesiastes 3. 1 e 4)
Introdução
Como psicóloga e professora de aconselhamento pastoral, meu trabalho envolve o lidar constante com dores e sofrimentos, pois, em princípio, as pessoas não procuram ajuda quando estão bem. Isto não significa que eu esteja acostumada com estes sentimentos. Ao contrário, aprender a lidar com as perdas é algo sempre novo, embora haja semelhanças entre esses sentimentos. Ultimamente, tenho tido muito contato com pessoas enlutadas, que estão morrendo ou vendo algum familiar morrer. Mesmo que alguém receba a notícia do falecimento de um ente querido a milhares de quilômetros de distância e faça o luto sozinho, sempre será um luto familiar, pois a família é um sistema que se altera por inclusão ou exclusão de um membro e onde todos se interconectam.
Texto escrito antes da pandemia