ENTRE GALILEU, FREUD E JOÃO; AMOR, DESAMOR E ANTROPOLOGIAS, por Karin Hellen Wondracek
Introdução: de Penedo a Conservatória
Com muita emoção aceitei este convite da “turma do Rio”… e logo me reportei ao
Congresso do CPPC de 1998, em Penedo, onde nos alegramos juntos pela amizade entre Freud e Pfister, e vimos que este psicanalista e pastor foi nosso precursor na aproximação entre psicologia, psicanálise e fé religiosa.
Depois da reunião em que tivemos a encenação das Cartas com Karl Kepler e Rogério Zimpel, criou-se um desejo de compartilhar os desafios que nos tocavam – e até altas horas daquela noite, mais de 40 colegas estiveram reunidos falando dos seus anseios por aprofundar o estudo da relação psicologia – fé. Num duplo compromisso: estudo acadêmico “forte” e leitura diária da Bíblia – por isso, poucas horas depois, ao raiar do dia, estávamos reunidos lendo a Bíblia em conjunto pelo lecionário do psiquiatra Carlos Hernández[1]. Nesses dez anos estamos na terceira volta de leitura da Bíblia, vários mestres e doutores foram gerados, várias formações terapêuticas sérias, vários livros escritos, debates, encontros… Um tempo muito fecundo pela graça de Deus, na clínica e na academia.
Meu percurso, como expresso no currículo, está estreitamente ligado aos impulsos recebidos no CPPC. Aqui recebemos formação; a cada Congresso crescemos para tornar nosso fazer terapêutico mais adequado à complexidade que nos desafia em cada paciente. Nossa clínica não é a mesma e também nós somos transformados, para a glória de Deus.
[1] HERNÁNDEZ, Carlos. Leiamos a Biblia: uma jornada interior. São Paulo: Carrenho, 2005.
Karin Wondracek
karinkw@gmail.com