O EVANGELHO PARA CRENTES por Karl Kepler
Que Fazer Quando a Igreja Faz Mal Geralmente a Igreja faz muito bem às pessoas que dela se aproximam, especialmente as que são resgatadas de um modo de vida bastante corrompido, que de fato lhes fazia muito mal (“o mundo”). Mas há casos (cada vez mais numerosos) em que não é bem assim.
1) Doentes Mentais nos sanatórios e clínicas psiquiátricas: a maior parte deles é de evangélicos, especialmente pentecostais. Causas prováveis 1) Afastamento da Verdade/Realidade – tentamos (ou tentaram-nos) “pintar” o Cristianismo como sendo, do ponto de vista humano, mais fantástico do que de fato é (mais sobrenatural, grandioso, soberbo, “mágico”). Jo 8.32; I Co 11:1; Tg 4.6
2) Relacionamento marcado pelo MEDO – de pecar, de castigo, de Deus. Imagem de um Deus insatisfeito (reforçada por sermões dominicais em tom cobrador). Relação de escravo – Romanos 8.15
FUNDAMENTOS DO EVANGELHO – A GRAÇA DE DEUS
1) Mt 11.28 Vinde a mim – achareis DESCANSO – não há referência a mudar para cobrança depois de aceito o convite.
2) Rom 5.1 Para que foi dada a justificação pela fé? Para termos PAZ com Deus, e para não termos mais nenhuma condenação (Rm 8.1), apesar de nossa pecaminosidade (Rm 7).
3) O que Deus queria em lugar do medo de um escravo? O amor “de coração” de um filho – Rom 8.15-17; I João 4.16-18;
4) A vida com Jesus neste mundo é, então, um processo de transformação em filhos de Deus, que são por Ele amados e também O amam João 1.12; Romanos 8.28,29.
5) Vários outros conceitos bíblicos apontam para a mesma direção: O ministério da reconciliação; a Nova Aliança; a crença básica em que Deus é bom, etc. “MAPAS” PARA CLAREAR O RUMO Crescendo na Graça e no Conhecimento de Deus 1) A busca da verdade. 1.1 Sobre nós mesmos: pecadores até morrer (I João 1.8 – 2.2 – João escreve aos 90 anos de idade) 1.2 Sobre a igreja: pecadora até morrer; sempre com falhas, sempre com joio e com trigo. 1.3 Sobre os pastores, pregadores e profetas: pecadores até morrer. A Palavra de Deus é só a Bíblia. Sermões e profecias são esforços bons e bem intencionados, mas “pecadores”; fazem parte da “tradição dos homens” e não da Palavra de Deus (o mesmo se aplica a esta palestra). Marcos 7.1-23 A verdade é que muita coisa que é dita “em nome de Deus” não foi Deus que disse. Pregadores e profetas: mais humildade e muito mais cuidado! I Ts 5.20,21 (não desprezar, mas “peneirar”tudo). 1.4 Sobre Deus: ama pecadores até morrer. Rom 5.8; João 13.1; e deixa seus filhos amados passar por aflições Jo 16.33 (com paz!). 2) Retificar: Temor de Deus significa apenas “prestar atenção, internamente” (Richard Rohr). 3) A libertação da Lei – Romanos 6 a 8, a “aposta” de Deus pelo caminho do amor livre (perceba o medo que isso gera). 4) A autoridade do exemplo de Cristo – andava livremente entre “igrejas” (sinagogas) e festas, prostitutas, fiscais corruptos, e também líderes do povo de Deus, e não teve medo das críticas por isso; Jesus é o exemplo máximo de santidade: ninguém pode ser mais santo do que Ele. Ele cumpriu plenamente toda a vontade de Deus. “MULETAS” PARA OS PRIMEIROS PASSOS
1) O interior é o que importa, o exterior não Mt 15.8-11,18,19 A Igreja local, a membresia, é secundária, efeito colateral. Não é desprezível, mas não é a prioridade mais urgente. O caminho da “Igreja primeiro” pode não funcionar. 6) Se o problema está na família (“obediência a pais”): Lc 14.26.
COMPANHIA PARA OS “SEGUNDOS PASSOS” 1. Quem é Jesus. Por exemplo, as travessias do Mar da Galiléia (Mateus 8.23-27; 14.22-33) e a confissão de Pedro (Mt 16.13-17). “Crer” no sentido bíblico é “crer em quem é Jesus”. Quanto mais conhecermos Jesus, mais fé teremos. Esse terreno sempre nos trará novidades.
2. Fracos e Fortes na Fé
Karl Kepler – Membro Pleno do CPPC – Presidente do CPPC Psicólogo, Pastor e Professor |